terça-feira, 28 de outubro de 2014

Combatendo o desperdício de tempo

Quantas vezes fomos trabalhar ou estudar morrendo de sono porque ficamos até tarde assistindo ‘nada’ na TV? Quantas vezes não vemos o tempo passar porque está divertido ver ‘nada’ na internet ou nas redes sociais?
         Às vezes fico pensando sobre quanta coisa eu poderia produzir se tivesse um pouco mais de tempo. Ficar mais tempo perto das pessoas que amo, estudar mais, escrever mais, e então me questiono: Será que não tenho perdido muito tempo com futilidades? Começo a analisar o tempo gasto na frente da televisão, ou com a internet, ou nas redes sociais e percebo que posso melhorar. Não estou dizendo que não devemos fazer nada disso, mas que em tudo devemos buscar equilíbrio, pois é esse equilíbrio que faz com que não sejamos escravizados pelas futilidades. Hoje, muitas pessoas, se ficam sem celular ou sem internet, parece que perdem a razão de viver.
         Pra que serve a televisão? E a internet? E as redes sociais? É fato que hoje a informação chega até nós em tempo recorde por esses meios, mas, além de informar, esses meios também são utilizados para entretenimento, esse que nem sempre é saudável e/ou agradável ao Senhor. Tudo aquilo que, de alguma forma, nos afasta de Deus deve ser revisto. Durante os 7 dias da semana, quantos dias usufruímos da televisão, internet ou redes sociais? Se a resposta não for todos os dias, certamente será quase todos os dias. Faço agora a mesma pergunta levando em conta a nossa vida com Deus: Lemos a bíblia todos os dias? Oramos todos os dias?
“Assim eu lhes digo, e no Senhor insisto, que não vivam mais como os gentios, que vivem na futilidade dos seus pensamentos.” Efésios 4.17
         Quando Paulo fala sobre não viver mais na futilidade dos pensamentos, ele está incentivando os cristãos de Éfeso a amadurecem espiritualmente, dizendo que viver na futilidade dos pensamentos é coisa do passado, coisa do velho homem. O novo homem deve buscar maturidade e entendimento para fugir das futilidades, para ser semelhante à Deus.
“Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade.” Efésios 4.22-24
         O texto acima nos deixa claro também que a maturidade e o entendimento que produzem o novo homem, que faz dEle um ser semelhante a Deus são provenientes da verdade. Voltando aos versículos 14 e 15 de Efésios 4, vemos que o propósito de Deus é o nosso amadurecimento através da verdade, ou seja, da palavra de Deus, pois é através desse amadurecimento que deixaremos de ser escravos da futilidade para sermos livres em Jesus (Rm 8.36).
“O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo o vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” Efésios 4.14,15
         Concluímos então que, ao buscar entendimento através da palavra, alcançaremos maturidade, cumprindo o propósito do Senhor, tendo também, equilíbrio para não desperdiçar o nosso tempo com futilidades, desfrutando assim, da boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12.2
         Que o Senhor nos ajude a ter equilíbrio na organização do nosso tempo!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Você é filho(a)

“Então uma voz dos céus disse: ‘Este é o meu Filho amado, em quem me agrado’” (Mt 3.17). Deve ter sido uma cena incrível, não acha? Uma voz vindo dos céus. Como é bom ouvir que somos amados!
Imagine ouvir isso de quem conhece todos os seus defeitos, até aqueles mais ocultos. Não estou dizendo que Jesus tinha defeitos, mas estou falando que nós temos, e que, mesmo assim, Deus nos ama e esse é o objetivo do texto de hoje, te lembrar que você é também um filho amado de Deus.
No texto de Mateus 3, o Filho amado é Jesus, mas, no último texto chamado ‘Toma que é de graça’, falamos sobre graça, e vimos que, através dela, deixamos de ser estrangeiros, separados de Deus, e nos tornamos filhos, ou seja, Jesus se torna o nosso irmão mais velho. Deus, o nosso Pai, nos ama, e Ele se preocupou conosco muito antes do nosso nascimento. Veja o que diz Davi no Salmo 139:
“tu me viste antes de eu ter nascido. Os dias que me deste para viver foram todos escritos no teu livro quando ainda nenhum deles existia”. Salmo 139.16
         O escritor Rick Warren no livro ‘Uma vida com propósitos’ afirma: “Você não é um acidente. Seus pais podem não tê-lo planejado, mas Deus certamente o fez”.
         O nosso Pai celestial te viu antes de te criar, pois foi Ele quem planejou o seu nascimento.         E Ele nos criou para sermos seus filhos, e o apóstolo Paulo na carta aos Efésios vai ainda mais longe quando fala de quando o Senhor nos escolheu. Veja:
“Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo”. Efésios 1.4
Diante do que escreveu Davi, Paulo e também Rick Warren, temos uma certeza, de que o amor de Deus vai muito além do nosso nascimento, vai além até da fundação do mundo. E, considerando que Ele entregou o seu filho para morrer por mim e por você na cruz, também temos ideia do quão forte é esse amor, pois, Deus entregou o seu Filho amado, o que Ele tinha de mais valioso, para que nós também pudéssemos ser filhos.
Muitas das vezes ignoramos esse amor, e não nos sentimos filhos. Pergunto, será que isso é problema de Deus? Será que ainda há algo que Ele precisa fazer? Acho que não! Se em algum momento não nos sentimos filhos é porque nós escolhemos ficar distantes do Pai. Veja o que diz Tiago 4.8:
“Aproximem-se de Deus, e ele se aproximará de vocês!”
O Pai já deu um passo à frente para nos receber, mas o que acontece é que, muitas das vezes, insistimos em nos distanciar. Lembram da história do filho pródigo? Ele tinha tudo em casa, mas achava que não, parecia que lhe faltava algo. Mas o algo que ele procurava estava dentro de sua própria casa, o algo que lhe faltava ele encontrou quando se aproximou do Pai.
Talvez você esteja precisando de um colo, ou de palavras de consolo, ou qualquer outra coisa, saiba que você tem um Pai que te ama e que se preocupa com você muito antes do seu nascimento e que ninguém melhor que Ele pra te entender, compreender e te ajudar.
Para concluir, deixo as seguintes palavras de Jesus:
“Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!” Mateus 7.11

Que possamos a cada dia desfrutar do amor e de tudo que o nosso Pai pode nos dar!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Toma que é de graça

“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie”. Efésios 2.8, 9
         Lembro-me quando o Facebook chegou no Brasil. Não era qualquer um que poderia ter uma conta, pois era necessário um convite. Daí, quando seu amigo lhe enviava o convite, você recebia um e-mail com o título: “Um convite especial”. Hoje quero lhe fazer um convite especial, não que eu tenha algo interessante pra te dar, mas, quem me inspirou a escrever esse texto tem, estou falando de Deus e a sua infinita graça. Como assim? Um dia, alguém que não tinha nada a ver com uma grande dívida nossa, originada pelo pecado, cuja pena é a morte (Rm 6.23), resolveu pagar tudo, e o mais interessante, de graça. Ele sabia que nunca conseguiríamos pagar, que, na maioria das vezes, seríamos ingratos, mas fez assim mesmo. No início do capítulo 2 de Efésios, o apóstolo Paulo diz algumas coisas sobre a nossa situação antes disso acontecer, antes da graça.
Primeiro ele diz que, por causa do pecado, estávamos mortos. Morte não é bom, é? Ele continua nos versículos 11 e 12, dizendo que éramos gentios por nascimento, separados do povo de Israel, estrangeiros. Muito antes da vinda de Jesus, existia a lei e essa era exclusiva dos israelitas, por isso o termo ‘separados do povo de Israel’. Se a lei era restrita à eles, a salvação também, mas “Jesus veio para todo aquele que nEle crê”, ou seja, isso vai além de povo, nação, raça, religião.
         Se o pecado veio para nos trazer morte, condenação, a graça veio para nos trazer vida. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5.21). No versículo 5 de Efésios 2, Paulo afirma que o Senhor “nos deu vida juntamente com Cristo”. Depois, no versículo 6, ele afirma novamente: “Deus nos ressuscitou com Cristo”. E que vida é essa que o apóstolo está falando? Ainda no versículo 6 nós temos a resposta: “ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”. Se os lugares são celestiais, a vida certamente é a vida que teremos no céu.
         Se o pecado nos afasta de Deus, a graça nos une.  Veja o que diz o versículo 13:
“Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo”.
         Ela nos une o bastante para nos tornar um só corpo (Ef 2.16). Não somos mais estrangeiros, mas somos agora membros da família de Deus (Ef 2.19). Tanto os judeus, como os gentios, nós, pertencemos agora à mesma família (Ef 2.14). Nos tornamos santuário santo no Senhor (Ef 2.21), casa de Deus (Ef 2.22).
         Então, passamos de mortos para vivos, de separados para corpo de Cristo, de estrangeiros para família. Percebe a dimensão dessa obra?
Alguém pode nos fazer um favor por obrigação, por prazer, porque acha certo ou simplesmente porque quis fazer. Mas o que dizer do maior favor que Alguém fez por nós? Porque Deus foi tão bom conosco? A Sua bondade é um dos motivos. Como diz algumas canções que costumamos cantar nas igrejas e também um personagem do filme ‘Deus não está morto’: “Deus é bom, o tempo todo, o tempo todo, Deus é bom”. No versículo 7 de Efésios 2 confirmamos isso, pois ele fala que a graça do Senhor é a demonstração da Sua bondade para conosco. Os versículos 4 e 5 também falam das características do Senhor e do motivo da sua graça. O texto diz que Deus é rico em misericórdia, e que nos amou de tal maneira, de uma forma tão grande, tão profunda, que deu-nos a vida através da morte do Seu Filho.
         A graça existe porque não conseguiríamos ser salvos pelos nossos próprios méritos, então Deus resolver sacrificar o Seu Filho para nos dar a vida, nos fazer também filhos, herdeiros dos céus.
         Agora que já entendemos o que mudou em nossas vidas através da graça, agora que entendemos o porquê da graça, eu ainda questiono: Como é então que eu me usufruo da graça? Como é que eu entro no time dos vivos, dos filhos, dos pertencentes ao corpo? O que eu tenho que fazer? O versículo chave que lemos no início responde essas perguntas. Eu usufruo da graça não é sendo santo, não é através de obras, mas através da fé. E como é que alcançamos ou produzimos essa fé? Em Romanos 10.17 está escrito que a fé vem pelo ouvir. A partir do momento que ouvimos a palavra de Deus, o Espírito Santo trabalha em nossos corações produzindo essa fé, ou seja, a obra é toda dEle.

         Espero que aceite o presente, que o Espírito Santo produza essa fé no seu coração e que você desfrute da graça do Senhor!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Motivações

Estudando um pouco sobre os heróis da fé, grandes homens que contribuíram para o cristianismo, me deparo com George Whitefield e me sinto extremamente admirado com seu currículo. O príncipe da pregação ao ar livre, como ficou conhecido, chegou a pregar para 100 mil pessoas, e olha que naquela época não havia, tv, facebook, whatsapp, outdoor, ou qualquer outro meio de divulgação. As pessoas se dirigiam a pé, ou a cavalo, às vezes andavam dezenas de quilômetros para vê-lo pregar. Na sua biografia diz ainda que durante 28 dias, ele pregou diariamente para cerca de 10 mil pessoas. Pregava em média de 10 sermões por semana e fez isso durante 34 anos. Calcula-se que em toda sua vida pregou cerca de 18 mil sermões. Ainda na reunião dos 100 mil, em Cambuslang, Escócia, 10 mil pessoas atenderam ao apelo para se entregarem ao Salvador.
         Mas o que mais me chama a atenção na vida de George Whitefield não são os números de sermões ou das multidões que ele pregou, mas a sua motivação e compromisso. Talvez você esteja curioso pra saber, onde enxerguei a motivação de George, então permita-me esclarecer. Alguém que atraiu tanta gente poderia muito bem se beneficiar da sua popularidade para viver bem, ter conforto, dinheiro, etc, mas não é isso que a história nos conta. Ele não abriu sua própria denominação, não que isso seja errado, também não fazia exigências pessoais para estar em algum lugar, mas tinha fome e sede de simplicidade e sinceridade divina conforme relata Orlando Boyer no livro Heróis da Fé.
         Outras atitudes que comprovam que George estava muito mais interessado em cumprir o seu chamado do que qualquer outra coisa são quando ele supera a rejeição, como as vezes que ele pregou no campo porque as igrejas não queriam recebe-lo, hotéis também se recusaram a recebe-lo como hóspede. Também quando ele supera a perseguição, pois, certa vez, foi ameaçado de prisão antes de pregar, mas pregou assim mesmo, e, várias vezes, foi apedrejado, uma vez até pensou que iria morrer como Estevão. O que dizer então das vezes que ele pregou enfermo? Alguém que passa por tudo isso, só continua no ministério, só continua produzindo, entendendo que a graça do Senhor nos basta conforme relatou Paulo em 1 Coríntios 12.
Outro fato interessante na vida de George, foi que ele não queria perder tempo com futilidades ou buscando glória para si, por isso, dividia o dia em três partes: 8 horas sozinho com Deus e os estudos, 8 horas para dormir e as refeições e 8 horas para o trabalho entre o povo. E é nessas horas que me pergunto: Será que tenho dedicado 8 horas da minha semana, ou quem sabe, do meu mês, pra Deus? A administração do nosso tempo reflete as nossas motivações, objetivos, logo, se procuramos passar o tempo com Deus, estamos motivados em tê-lo em nossos planos.
         Falando um pouco do hoje, infelizmente, nos dias atuais, muitas pessoas enxergam o ministério, a igreja, como uma forma de se dar bem, ganhar dinheiro, ficar famoso, etc. E por estarem com motivações erradas, acabam se perdendo e fazendo com que os outros se percam. Esses terão que prestar contas à Deus no julgamento final.
O apóstolo Paulo foi, sem dúvida alguma, quem mais pregou, que mais escreveu e que mais sofreu na igreja primitiva, mas, o que ele ganhou com isso? Que glória ele teve? No final de sua vida ele morou de aluguel (At 28.30), ou seja, dinheiro ele não ganhou, e a fama e a glória que ele procurou ter, foi apenas uma:
“Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo”. Gálatas 6.14
         A única glória de Paulo era na cruz de Cristo, pois foi nela que deixamos de ser condenados para se tornar herdeiros dos céus.
         Não cabe a mim ou a você julgar a motivação de pastores e líderes religiosos dos nossos dias, pois isso é algo muito pessoal, entre cada um e Deus, mas, cabe a nós, analisar a nossa motivação, não só em ter um ministério, mas em viver. Assim como os apóstolos, como Paulo, e também os grandes heróis da fé, como George Whitefield, que possamos viver não para nós mesmos, para Deus, pois Ele deve ser a nossa motivação!
“Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”. Gálatas 2.20
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